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Em maio desse ano, Ayesha se tornou a mais 💯 jovem brasileira a chegar ao cume do monte Everest, a maior montanha do mundo com 8. 848 metros de altitude. O Everest 💯 chegou na vida de Ayesha antes, aos 15 anos, quando foi acompanhar os pais, Lyss e Renato, no famoso trekking 💯 até o campo base. Pode soar estranho, mas Ayesha demorou para entender tudo que aquela marcante viagem iria lhe proporcionar. Foi voltando 💯 dessa viagem para o Nepal que Ayesha decidiu abraçar o projeto dos 7 cumes. A vivência na montanha foi realmente marcante, 💯 o gatilho que faltava para despertar a montanhista que existia dentro dela. Kilimanjaro, Elbrus, Aconcaguá, Denali e outras montanhas estão no 💯 currículo da jovem montanhista. Foi num final de semana de piscina e troca de ideias com o pai, Renato, que o 💯 Everest deixou de ser um sonho e se tornou realidade. A batida de martelo aconteceu em novembro de 2017, a saída 💯 da expedição aconteceria em abril de 2018. Numa ligação para a amiga, a guatemalteca Andrea Cardona, primeira sul americana a subir 💯 o Everest, o choque de realidade: a preparação física para o grande desafio. Como o tempo era curto, o treinamento teria 💯 que ser pesado. E assim foi até o embarque para a expedição. Uma expedição ao cume do Everest dura quase 2 meses! 💯 A expedição de Ayesha chegou ao Nepal no final de março e só atingiu o topo mais alto do mundo 💯 no dia 20 de maio. Mas antes do cume, ainda tem muita história. Tudo começa na capital do Nepal, Kathmandu, onde as 💯 expedições fazem os últimos ajustes antes pegarem o voo até Lukla, o ponto de partida para o trekking. A expedição de 💯 Ayesha fez a caminhada até o campo base em 9 dias. Durante a caminhada Ayesha reviveu momentos e lembranças daquele primeiro 💯 trekking, quando tinha apenas 15 anos. Ayesha, Renato - o pai e Carlos - o guia. Arquivo Pessoal/Instagram ayeshazangaro Quando pergunto a ela 💯 a sensação de chegada ao campo base seus olhos brilham. "Foi como chegar em casa". De fato, o campo base seria a 💯 "casa" da família Zangaro pelos próximos meses. Tornar um lugar, lar, traz a tona sensações antes desconhecidas. Ayesha me conta que se 💯 surpreendeu com a emoção do pai ao chegar no campo base e que se emocionou com a Puja, cerimônia de 💯 permissão e proteção para a subida ao Everest. Estar na maior montanha do mundo é para poucos e ela sabia disso. Ayesha 💯 tem os pés no chão. Ela me diz algumas vezes durante a entrevista que ainda é difícil acreditar em tudo que 💯 ela viveu. Parece não acreditar que conquistou o topo do mundo. Humildade é uma característica admirável no ser humano. Até atingir o topo 💯 teve organização de equipamento, escalada e cascata de gelo, ciclos de aclimatação, barulhos constantes de avalanches, contagem regressiva, choro, hormônios 💯 desregulados, tempestade de raios, medo do escuro e outros tantos medos. Penso: ela só tem 23 anos! E me lembro que 💯 mulheres maravilhosas não usam capas, às vezes elas são bailarinas que sobem montanhas. Pergunto para Ayesha em qual momento ela sentiu 💯 mais medo: "Atravessar as gretas. O lugar parece estar vivo. Muita gente já morreu ali, é uma energia pesada". O agravante? "Precisa ser 💯 atravessado na madrugada, antes do sol nascer. Ali aparecia com mais intensidade o meu medo de escuro". Ayesha teve que passar pelas 💯 gretas algumas vezes, justamente por conta dos ciclos de aclimatação. Ayesha tinha bons aliados na expedição, Renato, o pai, um guia 💯 experiente, Carlos Santalena, que até então, era o mais jovem brasileiro a subir o Everest, e a mãe, Lyss, que 💯 ficou no campo base durante toda a expedição. Provavelmente sem o apoio de cada um deles, a subida ao topo do 💯 mundo não seria a mesma.Convivência. Pergunto para Ayesha como foi conviver com os pais na montanha por tanto tempo. "A montanha nos 💯 une. Seja nos assuntos cotidianos ou em alguma expedição. Apesar de morar com os meus pais, no dia a dia nossos horários 💯 são bem diferentes, então não existe uma convivência tão intensa. Na montanha temos oportunidade de realmente ter rotina". A convivência intensa traz 💯 diferenças a tona, Ayesha me conta que ela e Renato tem posicionamentos muito diferentes e que sempre acaba gerando alguma 💯 discussão, mas a montanha aflora o entendimento, a paciência e o cuidado com o outro. Uma expedição como essa exige um 💯 preparo não só físico, mas mental e emocional. Aceitar um desafio como esse é ter plena consciência que zona de conforto 💯 é um termo inexistente no vocabulário. É ir sabendo que quando voltar, não será mais a mesma pessoa. Mas o Everest é 💯 realmente tudo isso que dizem? Pergunto eu.Ayesha suspira. "É uma sensação de quase morte na verdade. É uma luta para sobreviver, uma 💯 sensação de sufocamento. Você vai para o extremo, são dois meses longe de todas as referências que tem na vida. É muito 💯 tempo no perrengue e no desconforto. A intensidade aparece não só nas avalanches, mas em cada minuto do dia. É um desgaste 💯 absurdo". Seus olhos brilham ainda mais, "Mas vale muito a pena!". É, Ayesha, eu imagino que valha mesmo. "Um dia de cada vez", 💯 Carlos Santalena, o guia, reforçou isso durante a expedição toda, e parece que isso marcou muito Ayesha. Foi a frase que 💯 ela mais falou durante toda a entrevista. Ela me conta que tinham dias que eram 13, 14 horas para ir de 💯 um acampamento a outro. Foram 7 horas para passar pela cascata de gelo. O ataque ao cume levou aproximadamente 12h! É planejamento, 💯 mas também é ter inteligência emocional para lidar com as adversidades de um ambiente tão extremo e selvagem. Eu sempre imaginei 💯 que o dia anterior ao ataca ao cume fosse de muita ansiedade, bem, não existe ansiedade, existe desgaste, físico e 💯 Mental. Ayesha me conta que o ataque ao cume foi a pior noite da casa de aposta ronaldinho vida, já que teria que passar 💯 a noite toda escalando. "Quando eu soube que sairíamos as 19h, eu desabei. O medo do escuro e de morrer congelada vieram 💯 a tona". "Começou o ciclo de consciência e desistência. Eu queria muito estar ali, mas me perguntava o tempo todo o por 💯 que estava fazendo aquilo comigo. Pensei em desistir inúmeras vezes". E logo depois de contar sobre a quase desistência ela me conta 💯 sobre essa foto aqui. O Himalaia com a sombra do Everest projetada no nascer do sol. Ela abre um sorriso, eu também. "É 💯 uma mistura de sonho com anestesia, Ju". Eu acredito, Ayesha. Mas a extrema natureza, além de ser bela, também traz a sensação 💯 de quase morte. Sensação essa compartilhada com o pai. Um detalhe da máscara de oxigênio de Ayesha havia caído antes do ataque 💯 ao cume, e o detalhe que parecia superficial, trouxe preocupação. O pedaço que faltava deixava uma parte da máscara exposta ao 💯 vento e fazia com que uma parte do oxigênio vazasse. Faltava cerca de meia hora para atingirem o cume. O pai, vendo 💯 o perrengue da filha, entrou em ação. "Ele foi me empurrando pela mochila".Super-Renato! Ayesha chegou ao cume do Everest com metade do 💯 oxigênio que deveria ter. O Super-Renato Arquivo Pessoal/Instagram ayeshazangaro "Eu cheguei e sentei. Estava acabada, tremendo, anestesiada, mal acreditava que estava lá. Dizem que 💯 dá para ver a curvatura da terra lá de cima, eu não vi nada. Eu estava no modo sobrevivência e ainda 💯 não tinha noção do meu feito. Era a minha cabeça brigando com o meu corpo." Já no acampamento e trazendo para a 💯 realidade o topo do mundo, tudo fez ainda mais sentido. "Um dia de cada vez, o flow, a perspectiva de problemas 💯 mundanos, ficar presa a um situação ruim. A sensação de quase morte, é na verdade, vida! Muda toda e qualquer perspectiva", 💯 me conta Ayesha. "Atingir o cume foi expandir um limite. E os nossos limites são muito maiores do que a gente pensa. Criei 💯 consciência que me entreguei com muita facilidade para problemas e situações que eram tão pequenos, mas aos meus olhos se 💯 tornaram gigantes". A mudança de perspectativa trouxe para Ayesha um jeito diferente de lidar com as frustrações. Tudo se tornou mais leve, 💯 claro e muito mais verdadeiro. Isso inclui a vontade de voltar. "Eu mal tinha chego ao campo base e já estava querendo 💯 viver tudo de novo". Finalizo a entrevista querendo saber como foi atingir o topo do mundo com o pai, "Nós somos 💯 um. Não existe eu ou ele, somos nós. Nós chegamos ao cume. Nós fizemos a expedição. Nós expandimos nossos limites". É Ayesha, com toda certeza 💯 do mundo - junto com essa, que você trouxe do topo, não tenho como discordar que juntos somos melhores e 💯 mais fortes. Juntos criamos raízes e construímos legados. Renato e Lyss, obrigada por deixarem no mundo uma filha que faz da montanha 💯 um verdadeiro espetáculo de dança e inspiração. Por um mundo onde mais mulheres possam ser bailarinas aventureiras. Aliás, por um mundo onde 💯 mulheres possam ser tudo aquilo que elas quiserem ser. Fonte: Juliana Manzato DICA DE APOSTAS ACUMULADAS PARA HOJE: Essas são nossas dicas de apostas para hoje, analisadas e filtradas por tipsters experientes. Apostas Acumuladas, 😄 também chamadas de múltiplas, são aquelas que próxima:betnacional tem cassino anterior:roleta de stop online Artigos relacionados
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